E CAIU O RESTAURANTE ...
Artigo não publicado na imprensa, no período do período 1994-2000, abordado no
Artigo não publicado na imprensa, no período do período 1994-2000, abordado no
tema de abertura do blog como “a época da Ditadura da Mídia”.
Não faz muito, ocorreu em Pelotas, o desabamento de um prédio onde funcionava um conhecido restaurante, que só não se transformou em uma enorme tragédia, por não ser hora de funcionamento.
O fato nos proporcionou a seguinte reflexão: - que, em nossa região, a maioria dos habitantes não pinta, não reforma, tampouco constrói novos prédios, só vão escorando, quando vê, estes caem.
Estes prédios escuros, mofados e quase caindo, provocam nas pessoas, desânimo e falta de entusiasmo, e em nada contribuem para movimentar a economia local. Não ganha com isto, o pintor, o pedreiro, o comerciário e nem o dono da loja de material de construção. Existem prédios incendiados, em pleno centro da cidade, há mais de vinte anos, que continuam somente no esqueleto carbonizado. Outras casas e sobrados velhos, tem suas portas e janelas obturadas com tijolos e lá permanecem à espera de valorização. Fechados também, ficam apartamentos no aguardo de alguém que pague aquilo que eles não valem, eis que um apartamento aqui, vale entre 1,5 a 2 vezes mais do que em Porto Alegre ou em qualquer outra cidade do Estado.
Todos sabemos, aqui o dinheiro só serve para especulação em aplicações financeiras, imobilizações improdutivas (terras, casas velhas e terrenos baldios), ou no comércio especulativo (imobiliárias, estacionamentos, revendas de automóveis usados etc.).
Temos questionado porque nossos poucos empreendedores não reaplicam os lucros obtidos na modernização dos seus próprios negócios. Vamos tomar como exemplo, o caso do profissional liberal que vai para o interior e começa a ganhar dinheiro no seu consultório ou escritório. Ao invés de reaplicar os lucros obtidos na modernização de suas clínicas ou em aquisições de aparelhagens mais sofisticadas (eletrocardiógrafos, tomógrafos computadorizados, fax, computadores etc.). Não! Compram terras e viram fazendeiros. Temos como exemplo, o acidente sofrido por um bancário de Pinheiro Machado, que resultou em uma luxação no braço, precisando fazer aplicações com raio infravermelho, tinha que se deslocar duas vezes por semana a Pelotas para realizar o tratamento, pois tal aparelho não existia em sua cidade, isto que o equipamento deve custar pouco mais de trezentos reais.
Do mesmo modo, o lucro destas atividades profissionais poderia ser investido na realização de viagens de estudo, seja em São Paulo, Estados Unidos ou na Europa. No entanto, isto também não ocorre, geralmente os fins-de-semana são dedicados a pescarias ou caçadas de tatu em Piratini.
Por fim, são tantos os exemplos, em todos os campos de negócios, que entendemos estar na hora de fazermos uma profunda reflexão como forma de sairmos do atraso em que nos encontramos, quando comparados com outras regiões. E se observarmos com atenção, sem o intuito de fazermos mau prenúncio, outros tantos prédios estão a ruir, como ocorreu com o restaurante.
Não faz muito, ocorreu em Pelotas, o desabamento de um prédio onde funcionava um conhecido restaurante, que só não se transformou em uma enorme tragédia, por não ser hora de funcionamento.
O fato nos proporcionou a seguinte reflexão: - que, em nossa região, a maioria dos habitantes não pinta, não reforma, tampouco constrói novos prédios, só vão escorando, quando vê, estes caem.
Estes prédios escuros, mofados e quase caindo, provocam nas pessoas, desânimo e falta de entusiasmo, e em nada contribuem para movimentar a economia local. Não ganha com isto, o pintor, o pedreiro, o comerciário e nem o dono da loja de material de construção. Existem prédios incendiados, em pleno centro da cidade, há mais de vinte anos, que continuam somente no esqueleto carbonizado. Outras casas e sobrados velhos, tem suas portas e janelas obturadas com tijolos e lá permanecem à espera de valorização. Fechados também, ficam apartamentos no aguardo de alguém que pague aquilo que eles não valem, eis que um apartamento aqui, vale entre 1,5 a 2 vezes mais do que em Porto Alegre ou em qualquer outra cidade do Estado.
Todos sabemos, aqui o dinheiro só serve para especulação em aplicações financeiras, imobilizações improdutivas (terras, casas velhas e terrenos baldios), ou no comércio especulativo (imobiliárias, estacionamentos, revendas de automóveis usados etc.).
Temos questionado porque nossos poucos empreendedores não reaplicam os lucros obtidos na modernização dos seus próprios negócios. Vamos tomar como exemplo, o caso do profissional liberal que vai para o interior e começa a ganhar dinheiro no seu consultório ou escritório. Ao invés de reaplicar os lucros obtidos na modernização de suas clínicas ou em aquisições de aparelhagens mais sofisticadas (eletrocardiógrafos, tomógrafos computadorizados, fax, computadores etc.). Não! Compram terras e viram fazendeiros. Temos como exemplo, o acidente sofrido por um bancário de Pinheiro Machado, que resultou em uma luxação no braço, precisando fazer aplicações com raio infravermelho, tinha que se deslocar duas vezes por semana a Pelotas para realizar o tratamento, pois tal aparelho não existia em sua cidade, isto que o equipamento deve custar pouco mais de trezentos reais.
Do mesmo modo, o lucro destas atividades profissionais poderia ser investido na realização de viagens de estudo, seja em São Paulo, Estados Unidos ou na Europa. No entanto, isto também não ocorre, geralmente os fins-de-semana são dedicados a pescarias ou caçadas de tatu em Piratini.
Por fim, são tantos os exemplos, em todos os campos de negócios, que entendemos estar na hora de fazermos uma profunda reflexão como forma de sairmos do atraso em que nos encontramos, quando comparados com outras regiões. E se observarmos com atenção, sem o intuito de fazermos mau prenúncio, outros tantos prédios estão a ruir, como ocorreu com o restaurante.