domingo, 10 de abril de 2011

Alta carga tributária ou elevada margem de lucro ?

São uníssonos na mídia brasileira os que vociferam contra a alta carga tributária, que incide sobre os produtos e serviços transacionados no comércio interno. Muitos só repetem o que ouvem, sem saber exatamente sobre o que estão falando, mas seguem numa corrente unidirecional.

A nossa formação agronômica, em ciências jurídico-sociais e em agronegócios, tão somente não nos dá elementos suficientes para entestar um confronto direto nesta luta “quixotesca” de tentar desmistificar esta afirmação, que consideramos parcial e destinada a atender alguns poucos “interésses”. Contamos também com a nossa vivência prática de quase dois milhões de quilômetros rodados pelo interior do Brasil, analisando e conversando com pessoas de todas as ocupações. A função de produtor rural de fim-de-semana e a experiência, por três anos, de empresário de loja de 1,99, aos moldes de nossa Presidenta, como foi alardeado na recente campanha eleitoral.

Antes de apontar casos concretos que vivenciamos em nossas andanças, estudamos alguns textos de especialistas na questão tributária, que concluem sobre a incidência de um valor médio de 34% sobre a maioria dos produtos. Sendo que este índice varia para mais em produtos supérfluos como bebidas e cigarros e para menos nos produtos essenciais.

Vamos aos casos que embasam a nossa assertiva:

1) Em nossa experiência comercial de “tudo por 1,99”, na maioria dos itens das prateleiras, tínhamos que, ao comercializar o produto em seu preço único obtínhamos um lucro de 40%. Comparando, uma mesma jarra de vidro, que vendíamos a R$1,99 era vendida no supermercado a R$8,00 ou, um porta-retrato de madeira e vidro vendido em nossa loja, era comercializado num bazar por R$13,00. Ressaltamos que, em nosso ponto comercial de apenas 21m2 afluíam, diariamente, mais de 200 clientes e nas datas de maior apelo comercial, mais que quintuplicavam as vendas.

2) Lá pelo ano de 1998 em uma exposição agrícola organizada pelo serviço de extensão rural estava exposto à venda um trator fabricado na Polônia de 50 HP ao preço de R$8.000,00. Ao seu lado estava uma semeadeira de plantio direto de apenas quatro linhas, de fabricação nacional, oferecida ao preço de R$7.000,00 – incomparável na relação custo/tecnologia/produto.

3) Outro dia pensamos em trocar a nossa velha roçadeira de 1,40m de largura e encontramos no mercado preços médios de R$ 5.000,00. No mesmo período, verificamos que dois aparelhos de TV, 42, LED, custavam R$ 4.600,00. Evidentemente, não compramos a roçadeira! Embora sem poder aprofundarmo-nos no tema, entendemos que, mais uma vez, não há termo de comparação sob os aspectos de tecnologia ou na análise dos componentes.

4) Ainda como pecuarista, fomos comprar arame liso para cerca, dentro do limite permitido pela cota de importação e verificamos que o mesmo rolo de 1.200m, no Brasil custa R$380,00 e no país vizinho do Uruguai custa R$150,00. Vejam, nem com 100% de carga tributária os preços seriam equivalentes e lá também já vendem com o devido lucro embutido!

5) Outros exemplos poderiam ser citados, como maquinários para o beneficiamento de arroz e outras finalidades agroindustriais, que chegam ao país por cerca de 40% do similar nacional. Ou, em outras épocas, um herbicida para a cana-de-açúcar em Minas Gerais custava R$20,00/kg e no RS o mesmo produto era vendido para o arroz irrigado a 60,00/kg.

Na época de nossa loja de R$1,99, verificamos que a indústria e o comércio nacional rearranjaram os custos, mudaram suas estratégias comerciais e o preço dos produtos sofreu forte redução. Do mesmo modo, mostra-se necessário a redução das margens elevadas de lucro nos equipamentos e insumos agrícolas para que a carga tributária não sirva como desculpa para esconder a alta margem de lucro.

Nas zonas próximas à região da fronteira, já estamos vendo os preços dos produtos da linha branca (splits, ventiladores), reduzindo suas margens de lucro diante da forte concorrência que estão enfrentando.

Pedimos, como “prova emprestada” o texto publicado na coluna Espeto Corrido do Jornalista José Ricardo Castro, no Diário Popular, de 27.02.2011: - “Ganância – O Espeto precisou comprar, sexta, luvas de látex. Em uma farmácia, 50 unidades, tamanho médio, R$28,00. Em outra, pouco mais adiante, 20 unidades, R$ 6,00. Quer dizer, 50 sairiam, nesta farmácia, R$15,00. Produto da mesma marca. Sem comentários.”

Por fim e por justiça, mencionamos que encontramos a mesma reclamação sobre o tema que estamos abordando, de parte dos aficcionados em produtos eletrônicos, que reclamam em seus grupos de discussão na internet sobre as margens elevadas praticadas no comércio nacional em comparação aos importados.

Com a redução de suas margens de lucro, o comércio nacional poderia vender muito mais e as indústrias produzirem mais e gerarem mais empregos. É o que pensamos!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O preço do arroz vai subir?

O preço do arroz vai subir?


Esta foi a pergunta que nos foi feita de passagem, numa sinaleira de uma avenida da cidade. Tal pergunta foi muito interessante, pois nos obrigou, logo após, a fazer uma reflexão sobre o tema e que deu origem a este texto.
Como poderíamos fazer uma afirmação em qualquer direção quanto à suba, à baixa ou à manutenção do preço atual da saca de arroz? Até o momento não há qualquer fato novo que possa influir na possibilidade de modificação do preço atual, além de estarmos no período de uma safra há pouco colhida.
O preço em uma situação normal está sob a influência da chamada “forças de mercado”, ou seja, da atuação dos engenhos, dos distribuidores, dos produtores, dos consumidores, dos corretores das bolsas de mercadorias, das políticas governamentais de comercialização, das informações disponíveis sobre o resultado da safra e dos estoques de passagem e do balanço exportação versus importação.
No momento atual, convenhamos, a atuação das “forças de mercado” é muito pequena ou quase nula e está representada apenas pela atuação dos engenhos. As informações que se tem é que estes têm um bom estoque em seus depósitos e só estão adquirindo mais em situação que lhes seja bastante favorável. Os demais agentes permanecem observando na forma tradicional, o que não é suficiente para influir na movimentação do preço de mercado do arroz.
Apenas uma notícia que saiu na imprensa local, pareceu-nos muito interessante e que poderá ser o início da possibilidade dos produtores passarem a influenciar no mercado de arroz. Uma corretora de Pelotas com assento na Bolsa Brasileira de Mercadorias passou a oferecer arroz em casca em leilão privado e que logo após logrou apoio da entidade oficial dos produtores de arroz, em nota enviada à imprensa e assinada por seu presidente.
Para que esta ação possa ter um efeito forte no mercado, entendemos que a oferta de arroz deve ser do produto já beneficiado pelo produtor ou através de terceiros para possibilitar o acesso de atacadistas e supermercadistas do centro do país. O diferencial competitivo desta ação, saindo do mercado regional, não tem dúvida, será um marco divisório no mercado de arroz, nunca antes visto.
Esta possibilidade não é mais nenhum sonho, como muitos poderão dizer, pois já se têm produtores equipados com máquinas de beneficiamento, novas cooperativas prontas a entrar no mercado e terceiros com possibilidade de reunir uma expressiva produção capaz de influenciar na modificação positiva dos preços.
Outra ação que, modernamente, podemos mencionar e que tem força para influenciar no preço do arroz é a capacidade das agroindústrias de transformar a matéria prima em produtos de maior valor agregado e que os consumidores estejam dispostos a desembolsar um maior preço. Esta ação permite ao comprador pagar mais pela matéria-prima ou torná-la mais escassa e, por conseguinte, também com maior preço. Isto ainda é muito pequeno no mercado de arroz, mas que se deve encetar muito esforço e inteligência. Até hoje a nossa inteligência foi dedicada apenas ao aumento da produtividade e da produção, quando deveria ser direcionada também, ao consumo e a comercialização.
Um exemplo que deve ser enaltecido foi o lançamento na última edição da FENADOCE, por uma dinâmica empresa pelotense, de um aglomerado de casca de arroz ”tipo madeira”, de ótima aparência e alta resistência, como ficou comprovado pelo elevado trânsito das pessoas no dias úmidos em que se realizou a feira.
Agradecemos ao produtor que nos fez o questionamento e dizemos que para haver movimentação positiva no preço do arroz, de modo que ele saia do crônico problema de preços sempre abaixo do esperado pelos produtores, estes devem participar das ações que estão sendo estimuladas. Os produtores PODEM SIM, influenciar na movimentação do preço do arroz. As agroindústrias também devem ser estimuladas a ofertar novos produtos aos ávidos e exigentes consumidores, como barras de cereais, biscoitos, cereais matinais etc, explorando de modo mais qualificado o nosso grande mercado interno, de modo que possam repassar parte dos ganhos aos seus fornecedores.

domingo, 16 de maio de 2010

O Vale dos Vinhedos e o valor na agricultura

O Vale dos Vinhedos e o valor na agricultura


Após quase 30 anos passados, retornei ao que hoje é o Vale dos Vinhedos, na região da Serra Gaúcha.
A sensação de admiração foi enorme vendo a transformação que foi implantada no local. O que era uma região não muito próspera, com a sua economia baseada na cultura da videira e cuja maioria era destinada à produção de vinhos comuns, hoje pode ser comparada ao “Primeiro Mundo”.
As estradas asfaltadas, vinícolas de alto padrão, restaurantes, cantinas, adegas e um hotel que deve fazer frente ao de um país europeu, isso tudo no interior do município de Bento Gonçalves - RS.
A análise da paisagem observada, confrontando com os registros que se têm da cultura da uva, permite inferir que a uva por si só, sendo comercializada pelos agricultores ao preço de R$ 0,46/kg deve ficar próxima ao custo de produção. No entanto, não é a uva vendida a quilo que deve ser considerada como a alavancadora do negócio local, ela é apenas o “combustível” que movimenta todo aquele complexo turístico e de agronegócios.
Hoje, no Vale dos Vinhedos, é ofertado não mais o produto agrícola uva, mas muitos outros negócios foram estabelecidos, sendo vendida até a visão panorâmica dos parreirais de uva. Podemos dizer que a região do Vale dos Vinhedos já ultrapassou o que se busca com agregação de valor ao produto agrícola, sofisticando a sua apresentação, embalando-o adequadamente, transformando-o em produtos mais atrativos ou diferenciando-o dos demais.
O Vale dos Vinhedos capturou o sentido de valor, onde não é mais comercializado o produto uva, mas todo um ambiente aprazível, belo e acolhedor que encanta os seus visitantes e é transmitido para os produtos que têm lá a sua origem.
O esforço e o êxito de uma região deve servir como reflexão a todo agronegócio nacional e ser copiado para trazer renda e emprego para outras regiões agrícolas do país, que também têm ótimos produtos, mas que se preocupa apenas em produzi-lo cada vez mais, sem colocar sentido no seu entorno, no que ele poderá render mais e obter maior valor junto aos seus consumidores.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

AGROPECUÁRIA, MAIS DA MESMA

                                          Agropecuária, Mais da Mesma

                                                               (Texto lançado aqui no blog)
            A cada dia ficamos mais convencidos que os tempos de alta dedicação ao aumento da produtividade e da produção estão com os dias contados. Os tempos em que se buscava atingir o título do “rei do arroz, do pêssego ou do boi”, passaram. Hoje ou sempre teve que se buscar a maximização da receita ou da renda da atividade explorada.
             Olhar diferente a nossa atividade é o primeiro passo, tornar aquilo que produzimos ou fazemos com um valor maior e que este valor seja percebido ou atenda uma expectativa do nosso cliente. Não queremos aqui discorrer sobre as formas de agregar valor aos produtos agropecuários, já exaustivamente abordados em textos anteriores.
            Acreditamos que a possibilidade de criar maior valor ao nosso produto somente se dará quando procurarmos nos relacionar com os agentes mais a frente da cadeia de valor, sejam atacadistas, varejistas ou os próprios consumidores. Poucos são os agentes que intermedeiam a produção e que se preocupam em retornar aos seus fornecedores os desejos dos consumidores. A tendência predominante é a que estes agentes permaneçam com os mesmos produtos até a sua própria extinção levando ao mesmo destino os produtores que a eles estão ligados.
            Não se tem “receita de bolo”, cada produtor vai achar a sua fórmula de aumentar a rentabilidade de seu negócio e seus líderes associativos, assessores técnicos ou administrativos, políticos e sindicais bem que poderiam auxiliar nessa tarefa.
           Vejamos alguns exemplos concretos do que queremos dizer, mesmo sendo de outros setores da economia, mas que segundo nosso entendimento, parecem exemplificar claramente o que queremos dizer:
           - o caso do caminhão bi-trem, mesmo sem saber citar quem é o inventor de tamanha “sacada”, conseguiu modificar por completo e com altos rendimentos para o setor de transportes, sem entrar no mérito relacionado à conservação e o transtorno ao trânsito nas estradas.
           - noutro dia vimos um palito de “palitar os dentes” após as refeições (com perdão dos odontologistas e dos mestres em etiqueta social), com uma das pontas revestida de uma pequena porção de menta. Ao tempo que se palita o dente, aproveita-se o sabor da menta. Imaginamos que muda todo o valor de referência da caixa tradicional de palitos.
          - ainda é recente o show de ilusionismo, inteligente e criativo, da comissão de frente da Unidos da Tijuca, que encantou a todos com um sensacional efeito inovador no carnaval carioca.
          É evidente que outros segmentos da economia, como os dos veículos automotores, telefonia celular, computadores etc, e alguns do agronegócio, já se utilizam destas ferramentas.
         Na verdade é um desafio para todos nós, os agentes econômicos, de assessoramento e de regulação do setor agropecuário, fazer avançar este segmento ainda tão tradicional na maneira de ser, pensar e agir, onde estamos contaminados pelo vírus da produção e da produtividade.
        Mesmo já tendo atingido grandes avanços até aqui e que trouxeram enormes superávits à balança comercial brasileira, a agropecuária ainda pode contribuir muito mais para alavancar a economia, em especial, a do interior do país, colocando o foco na maior rentabilização da atividade. Apenas devemos entender como tirar maior renda do mesmo montante produzido. É o que se espera.

domingo, 7 de junho de 2009

PROPOSTAS PARA O PLANO SAFRA 2009/2010

As propostas para o Plano Safra 2009/2010, foram entregues em Brasília-DF, nos dias 09 e 10.03.2009 para as autoridades federais da CONAB, MAPA, MDA, CONTAG, CNA e BB.


PROPOSTAS PARA INCLUSÃO NO PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2009-2010 - Em prosseguimento ao tema abordado, quando da nossa estada na Capital Federal, encaminhamos um resumo das propostas apresentadas na ocasião e que entendemos, modifica arraigados conceitos do agronegócio e que deve contribuir para alavancar a renda dos agricultores e dos munícipes do interior do país:


1. Incentivar o beneficiamento ou processamento primário da produção (descascar arroz, pasteurizar e embalar o leite, abater o boi, etc) como sendo uma fase da produção e ainda sob a responsabilidade do produtor.

2. Estimular às agroindústrias e engenhos a desenvolver novos produtos, com maior sofisticação industrial (cereais matinais, barras de cereais, bolachas, chips, sucos, purês, polpas etc), tão apreciados pelos consumidores, visto que estes cada vez mais possuem recursos e estímulos de marketing para adquiri-los.

3. Dar ampla divulgação à linha de crédito do beneficiamento da produção, já existente no Manual de Crédito Rural, em vista que hoje são apenas utilizadas/estimuladas as linhas de crédito para custeio e comercialização da produção.

4. Estimular as bolsas de mercadorias a ofertarem produtos beneficiados, em especial o arroz descascado (já beneficiado e polido).

5. Possibilitar o acesso dos supermercadistas e atacadistas aos leilões de arroz da CONAB, de modo que os produtores possam oferecer arroz beneficiado diretamente das suas propriedades.

domingo, 24 de agosto de 2008

CARTA DE UNIÃO AO SR. JAKUBASZKO

CARTA DE UNIÃO AO SR. JAKUBASZKO

Magnífico o texto do sr. Richard Jakubaszko, publicado no www.agrolink.com.br no dia 18.08.2008, “Está tudo errado no agronegócio brasileiro!”. É claro e necessário, que não concordemos com tudo que ali está escrito, pois temos algumas divergências, mas segundo o nosso propósito e que já foi explicitado no título, o que importa é a premissa da união de esforços.
Temos procurado difundir as nossas teses, construídas nos mais de trinta anos de carreira profissional, muitas publicadas também pelo sítio Agrolink, no sentido da agregação de valor ao produto rural: - “VENDER ARROZ EM CASCA É COMO VENDER MILHO EM ESPIGA , e também “DESCASCAR ARROZ NÃO É INDÚSTRIA” - mas ainda um processo da produção (abater o boi, empacotar o leite, serrar a madeira etc., também não é), estimulando todos os agente a dar “UM PASSO À FRENTE NA COMERCIALIZAÇÃO DO ARROZ”.
Vemos que a proposta de união dos produtores, embora perfeitamente factível, com ricos exemplos país afora, é igual a uma relação de casamento, não se realiza por um decreto, requerendo primeiro o consentimento das partes. Mas esta relação também pode ser coordenada por um gestor de cadeia ou ainda nos sistemas integrados, como nos belos exemplos existentes no setor do frango e dos suínos, onde existem empresas que impressionam o mundo.
Corretíssimo está o sr. Jakubaszko, quando diz que os que investem em tecnologia para obter produtividade acima da média, também podem quebrar em anos ruins. Chegamos a mesma conclusão, quando divulgamos o texto “O ARROZ, SAINDO DO BASTANTÃO”, onde procuramos alertar que produzir bastante (quantidade), já não é suficiente, o importante é obter renda. Não dissemos na ocasião, mas o beneficiamento primário da produção fará com que o produtor não veja o dinheiro somente ao final de cada safra, tendo uma renda mensal como na produção de leite, melhorando o seu fluxo de caixa.
Quanto à exportação com valor agregado, também está com toda a razão, embora no artigo “O ARROZ, EXPORTAR É O QUE IMPORTA”, sem discordar no mérito, procuramos fazer ver aos produtores, que há outras etapas mais importantes a serem vencidas, estas com maior margem de contribuição ao agronegócio nacional, desviando dos “trustees”, que afetam e que ainda não foi, mas que pretendemos estudar.
Dinheiro não falta para os produtores, tem até sobrado para grandes imobilizações, na maioria das vezes desnecessárias e insustentáveis social e econômicamente, ao longo do tempo. Publicamos: - “A IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL COMO FATOR DE INSALUBRIDADE DAS EMPRESAS AGROPECUÁRIAS”.
Quanto às lideranças não há reparo nenhum, apenas acrescentando que político só diz o que o produtor quer ouvir, “pode deixar comigo, se eu me eleger eu vou fazer, vou ajudar, vão perdoar, vão prorrogar etc.”, não embarcam em onda que possa apresentar o mínimo risco de não chegar até à praia. Então, apresentar soluções concretas não dá voto, pois todos querem uma solução tirada da cartola, por isso tanta promessa. Publicamos: “ME ENGANA QUE EU GOSTO”.
Idéias novas é preciso. Dizem: Demência é tentar a mesma coisa, achando que vai se conseguir resultado diferente!
O sr. Jakubaszko disse: - É tempo de reinventar e de recriar. Escrevemos: - “O ARROZ, AINDA NA ERA DO ENGENHO”. É preciso sair do “chak-chak”, fazer novos produtos, sair do saquinho, transformar-se em uma indústria de alimentos. Dissemos, também: - “A produção deve se adequar aos novos tempos; Fazer pêssego em lata é como fabricar máquina de escrever; e, Novos produtos para um novo consumidor ou um velho produtor e um novo consumidor”.
Uma discordância importante se deu quando fomos ver o artigo sobre “A sustentabilidade do agricultor” no que se refere à velha cantilena do “sol-a-sol ou no dia-a-dia”, que, segundo Joaquim Severino em seu texto “BRASILEIROS RURAIS”, “desmistificar esta imagem é valorizar o agricultor”, devendo ser sustentável todos os elos da cadeia.
Não obstante toda essa produção técnica, obtivemos pouco retorno em resultados, levando-nos a acreditar que devemos introduzir no agronegócio novos profissionais, em especial, psicólogos, psiquiatras, sociólogos e outros profissionais do ramo.
Convém ainda citar, o ótimo livro que tivemos acesso há pouco, “Agronegócio: Gestão e Inovação/Luis Fernando Soares Zuin e Timóteo Ramos Queiroz... [et al.], que amplia, academicamente, o que estamos tratando. Polan Lacki (www.polanlacki.com.br), também segue em direção semelhante.
Esperamos ter atendido a conclamação incitada pelo sr. Jakubasko, deixamos o endereço www.josenei.blogspot.com com toda nossa trajetória profissional, acenando com a bandeira da união primeira entre nós, de Norte a Sul, doutrinadores do agronegócio. Que tal, senhores articulistas!